segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, por Eduardo Pitta

«Em Setembro, saí de Afife com o propósito de a visitar. Visto de longe, o edifício impõe-se pela volumetria, embora os forasteiros não saibam exactamente onde acaba o bloco de cafés, bares e restaurantes e começa a biblioteca propriamente dita, instalada a seguir ao Tromba Rija. Em nome da pureza das paredes cegas — parece que é assim que se diz —, nenhum dístico identifica a biblioteca. Siza Vieira também desenha mesas, candeeiros, papeleiras, etc., mas, neste caso, não achou curial identificar o edifício. Era assim em Setembro, quando a biblioteca levava nove meses de uso. E como é que o meteco sabe que aquilo é uma biblioteca? Ou, mais prosaicamente, como encontra a entrada principal? Em Setembro, no dia em lá fui, descobri com esforço uma folha A4, branca, presa com fita gomada ao vidro de uma porta. Havia vento, um dos cantos da folha estava solto, era preciso suster o papel para ler “Biblioteca” em Arial Black, corpo 18. A primeira reacção foi rir. Depois fiquei tão deprimido que desisti da visita. »

Para ler na íntegra no Da Literatura.