terça-feira, 7 de outubro de 2008

FNAC e os 10%, por Pedro Marques (livros de areia)

«Sinais de uma certa mudança começaram a chegar-nos em 2007, sobretudo pela redução dos pedidos de novidades. Outros e mais preocupantes ecos chegaram mais recentemente, e, aí, tenho de confessar que me enganei: se de facto as coisas vão mudar para o que parecem estar a mudar, então aquilo que eu esperei e julguei que acontecesse, que a FNAC contagiasse o restante mercado de oferta com a mesma abertura a pequenos fornecedores, limpando a sufocante imagem de reservatórios de best-sellers à boca das livrarias e outras áreas da concorrência (nunca lá nos disseram, como numa conversa com o comprador de uma grande superfície, "vocês têm algum livro que venda tanto como o Harry Potter?") pode mesmo não se concretizar. No preciso momento em que a FNAC sente chegada a ansiada liderança, começa a cortar com o que a fazia ser uma referência. Note-se que pouco me importa o fim dos 10% nos PVP (como editor, é-me benéfico, e como comprador não me afecta pois sou cada vez mais cliente do carteiro como livreiro ao domicílio). O me inquieta é o iminente fim de outras coisas, cuja percentagem na existência de um pequeno editor é de bem maior monta.»

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