quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A festa de Paulo Coelho

A festa de Paulo Coelho decorreu ontem num ambiente restrito e teve por propósito homenagear o autor pelos 100 milhões de livros vendidos em todo o mundo. Marcaram presença na festa diversos editores e profissionais ligados à actividade editorial de Paulo Coelho, mas também o ex-ministro da Cultura de Paulo Coelho e Gilberto Gil, que veio a Frankfurt propositadamente para participar nesta homenagem. Um dos momentos altos da noite, aliás, seria quando os dois se juntaram no palco para cantar em conjunto "No woman, no cry / Não chore mais".

Antes disso, Paulo Coelho discursou. Discurso pequeno porque, como este teve oportunidade de referir, festas é para as pessoas se divertirem, não para ouvirem discursos. Passou pouco tempo a discursar, mas foi o suficiente para dizer que aquela festa não era para ele, era para Mónica, uma amiga cujo manuscrito da primeira obra a marcou de tal forma, que esta disse que iria lutar pelo livro. Lutou três, quatro anos e nenhuma editora apostava na obra. Paulo Coelho achou estranha a determinação da amiga, pois "esta era muito nova" (20 anos). Mas passaram-se mais vinte e o resto é história.

Na decoração da festa realçavam os vários televisores espalhados pelo espaço. Se numa das versões passavam uma série de fotos de leitores acompanhados das suas obras preferidas de Paulo Coelho (o autor fez o pedido no seu blog), noutros passava o trailer da adaptação de Verónica Decide Morrer - uma versão de Hollywood do best seller que será assinada por Emily Young e que contará com a participação de Sarah Michelle Gellar.

A festa terminou já hoje e, quando saímos, Paulo Coelho estava sentado num pequeno muro em frente ao espaço onde decorria a festa. Rodeado de mais algumas pessoas, parecia falar sobre tudo e sobre nada. Não se diria que tinha vendido já 100 milhões de exemplares. Ao fim, tal como ao princípio, o mesmo aperto de mão, o mesmo sorriso a agradecer por termos estado lá.
Como se a festa fosse para nós.