«O autor de O Que Diz Molero foi-se embora hoje, discreto, de mansinho, tão ao seu jeito. Havia nele um sentido lúdico e uma desfaçatez irónica que serviam apenas para disfarçar, quando disfarçavam, o poço de melancolia que havia lá por trás. Mesmo nos seus romances policiais escritos à pressa e à americana (com pseudónimo camone e tudo), livros alimentares mas nem por isso menos dignos, mesmo nesses sucedâneos de Dashiell Hammett, inventados por um jornalista faz-tudo que papou muitos films noirs nas matinés do Bairro Alto, havia essa espécie de sombra inclinada e abrupta.»
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