Para conferir num extenso artigo aqui.
Luis Filipe Silva, no seu blogue (a partir do qual chegámos ao artigo), fala deste artigo, caracterizando-o desta forma: «...uma peça [não] deprimente nem lamurienta como é costume fazer-se, mas argumentada e fundamentada. O desaparecimento da FC das estantes e substituição por sagas de fantasia com forte pendor telenovelístico está, parece-me, também muito ligado com a falta de interesse pelo futuro ou pelo menos com o descarrilamento que há cerca de uma década sofremos na história comum da nossa sociedade. Se nos anos 50 sonhava-se com a certeza de chegar-se à Lua e colonizar as estrelas, esse sonho amadureceu e gastou-se, quando se percebeu que é afinal mais difícil do que isso. Descobrimos que somos crianças impossibilitadas de sair de casa dos pais por falta de meios, e tivemos assim de encontrar o nosso espaço. E agora não sabemos qual é a nossa história, para que sociedade nos dirigimos. Sem falar no facto de o antigo sonho espacial ser predominantemente branco, masculino e católico-protestante, e por essa razão rejeitado pelos restantes corpos sociais que entretanto começaram a ganhar terreno. O tema não se esgota nestes breves comentários - contudo, o próprio artigo fica aquém do que deveria ser a sua missão, porque nestas questões de sobrevivência do género creio que é importante impôr-se uma Missão: estabelecer passos, sugestões e formas de proceder ao salvamento urgente.»