«Conheci mal o Eduardo, quase só por tangentes, conversas oblíquas em festas e encontros literários, pequenos acenos de cumplicidade. Ele gostava muito do suplemento DNA (e sobretudo das fotografias do Augusto Brázio) quando eu estava no DNA. Falávamos disso. Num meio cultural tão pequeno como o português, era impossível não tropeçar nele, no seu sorriso ao mesmo tempo malicioso e infantil, na força gravítica de um poder que era, ainda, o poder do intelectual que abarca várias áreas do saber, com noção perfeita da sua influência, capaz de exaltar (ou enfurecer) os leitores, levando-os a descobrir livros, filmes, artistas plásticos, teorias que de outra forma lhes passariam ao lado.»
Para ler no Bibliotecário.