quinta-feira, 24 de julho de 2008

Entrevista de Rui Beja ao JL

«Quais os objectivos da sua candidatura?

Há que arrancar para uma vida nova, mais dinâmica, com o desenvolvimento de acções que despertem o interesse dos associados com uma comunicação mais forte, fluente e permanente. (...) Quis fazer uma equipa forte, coesa e representativa. Temos representantes dos maiores grupos de editores e livreiros, dos mais pequenos, dos editores independentes, de pessoas que já fizeram parte dos orgãos da instituição e de outros estreantes. Penso que é importante: cativar novos sócios e organizar sessões que permitam o diálogo e a discussão de temas de relevância para os associados. O objectivo é encontrar ideias que ajudem as grandes e pequenas empresas a desenvolverem a sua actividade da melhor forma possível.


Quais os maiores desafios que espera encontrar?

A curto prazo temos a preparação das feriras do livro de 2009.(...) Há que fazer um caminho sustentado, com uma discussão prévia, de modo a encontrar fórmulas de compromisso que garantam que tudo correrá de maneira a ir ao encontro dos interessados dos leitores, dos editores e dos livreiros. A organização das feiras é da APEL, mas podemos encontrar fórmulas de uma participação abrangente e de uma maior harmonia que a de 2008. Trata-se de um acontecimento ludico-cultural, que deve ser organizado com alguma diferenciação entre os vários participantes, mas de forma equilibrada, equitativa e harmónica. Penso que a partir de dois ou três modelos se poderá chegar a um consenso.


Como está a relação com a UEP?

Entre Dezembro e Janeiro tive várias conversas com colegas da UEP para saber o que pensavam da hipótese de uma reunificação. A receptividade nessa altura (...) foi de bastante abertura. Tem que ser algo do interesse de ambas as partes, sem se passar a ideia que há vencedores e vencidos. Em termos de modelo organizativo há várias possibilidades, como a constituição de uma "federação residente", onde as associações coabitem nas mesmas instalações, tendo serviços comuns. Na prática, deveria passar por um memorando de entendimento com algumas alterações estatutárias que se adequem aos tempos modernos. Temos que dinamiar a APEL sem deixar de ter em atenção as possibilidades de harmonização com outras associações.»

Rui Beja, in JL, 16 a 29 de Julho de 2009, p. 2.