sexta-feira, 4 de julho de 2008

A capa da Ler com a Margarida

Margarida. Pelo primeiro nome. Tal como Marcelo Rebelo de Sousa é apenas Marcelo.
Margarida está na capa da Revista LER deste mês.
No blog da revista, ainda quando apenas fora disponibilizado um pedaço da foto, alguns leitores juravam a pés juntos que iriam deixar de comprar a publicação.
Pessoalmente, não vejo qual o problema.
Se esta é uma revista de livros é de natural escolha que Margarida Rebelo Pinto possa fazer capa, desde logo pelos leitores que tem (um milhão de livros vendidos).
É verdade que, após Lobo Antunes e Saramago, muitos esperariam ver Agustina na capa (curioso, Agustina apenas, também só pelo primeiro nome). Mas não me parece que sejam justos os comentários que apontam para o fim da LER só porque decidiu colocar Margarida Rebelo Pinto na capa.
Se a LER pretende atingir um público mais alargado, tem naturalmente de ter uma oferta que seja condizente com essa realidade. Desde que o rigor se mantenha, nada a opor. Até porque, e não sei se terá sido Carlos Vaz Marques a fazer a entrevista à autora (para Saramago e Lobo Antunes foi ele o destacado) mas, caso tenha sido, alguém acredita que este jornalista tenha feito uma entrevista que desvirtua os princípios de qualidade a que nos habituou?
(pf)
Actualização: já de revista na mão, confirma-se - a entrevista é mesmo conduzida por Carlos Vaz Marques.