segunda-feira, 30 de junho de 2008

Margarida Rebelo Pinto ao DN

Este Português Suave deu-lhe prazer?
Muito prazer. Teve um arranque difícil, porque estive demasiado tempo sem escrever (...) Este teria sido o último a escolher, mas numa conversa muito esclarecedora com o António Lobato Faria, que além de ser o meu editor enquanto Oficina do Livro, apoia-me, orienta, esclarece e ajuda. Fez-me decidir pelo projecto no qual tinha investido menos.
(...)
A Margarida foi "comprada" pela Leya...
O contrato ainda não foi assinado. A Leya assinou um contrato de promessa de compra e venda para a aquisição das editoras que fazem parte do grupo, mas ainda não aconteceu.

Mas aceita essa transferência?
Sim, onde estiver o António [Lobato Faria] eu estarei. O António é a Oficina do Livro e a Oficina do Livro é o António. Há uma coisa muito importante, é que em Portugal há editores que não sabem de gestão e há gestores que não sabem de edição, e ele sabe muito das duas coisas.

E o grupo Leya vai continuar a tratá-la bem?
Não terá outro remédio. É do interesse deles.

O que acha desta concentração de editoras?
Acho que é bom para negociar as margens com a distribuição, desde que os autores sejam respeitados e os editores percebam que os primeiros clientes são os autores e não os números.

E isso acontecerá?
Não sei. Não faço previsões, não sou a Maya. Tive um contacto breve com eles, disse-lhes o que é que pensava do mercado editorial. Tem muitos segredos e se pensarmos que há dez anos era um mercado que praticamente não existia...»

Excertos da entrevista de MRP ao DN, página 2 e 3 do suplemento GENTE. A entrevista foi conduzida por João Céu e Silva. A foto é retirado do site da Oficina do Livro.