Poucos editores terão enfrentado de forma tão directa a crítica literária como o faz Jorge Reis-Sá, tecendo algumas considerações sobre o estilo de António Guerreiro, conhecido crítico literário. O artigo de Reis-Sá é elaborado, tendo por pano de fundo o texto de ontem de António Guerreiro, publicado na Actual (Expresso).
«Nada mais certo. Os equívocos de António Guerreiro são tantos e em tão poucas letras que tenho dúvidas de onde escreverá o nosso cronista.
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Está confirmado: António Guerreiro lê livros de auto-ajuda. Só pode. Ou será normal uma pessoa com as suas inegáveis capacidades intelectuais achar que todos os livros - repito, todos - têm de ser reflexões de Walter Benjamin ou romances de Rui Nunes? Não têm, António, não têm. Tomará isto certamente como uma descoberta, mas os livros também podem ser diversão, alegria, tempo bem passado a, digamos, ler. Assim, sem querer pensar na nossa mais profunda existência, quem sabe, por exemplo, até passarmos umas horas estendios ao sol a ler uma boa história de amor, de crime, de ficção-científica.
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O António Guerreiro é como o meu tio João: gosta muito de arroz à cabidela mas detesta saber que existem galinheiros. Gostar de livros mas protegê-los de quem os escreve, de quem os faz, de quem os pensa: isso é, numa palavra, muito inovador. »
Para ler na íntegra aqui.