Muitos falam recorrentemente da diferença existente em alguns mercados de diferenciar a ficção em Literatura e Entretenimento.
Essa é uma diferenciação complicada de gerir, pois se existe claramente uma diferença de qualidade criativa entre as diversas obras – nomeadamente entre aquelas que têm origem na criatividade do mundo face àquelas que têm origem na criatividade dos outros, nos layouts pré-estabelecidos, nas estratégias básicas de romance e personagens, etc. – a verdade é que muitas vezes essa diferenciação pretende mais separar não os livros, mas quem os lê.
Ou seja, fala-se mais leitores de Literatura e leitores de Entretenimento.
Dois conceitos que lidam muito bem entre si nos mercados anglo-saxónicos, mas que noutras paragens soam relativamente mal.
(nsl)
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