quarta-feira, 21 de maio de 2008

Quê?!? 1.2

(Texto trocado por miúdos, para evitar confusões)

Audiolivros.
Alguns pensarão que este é um mercado interessante e ainda fresco por cá: uma oportunidade!

Mas por cá (Portugal), muitos não conseguem pensar da mesma forma.
Os problemas são vários, e poucos se atrevem a desbravar caminho (temendo que outros mais fortes possam ocupar posteriormente o seu lugar).

Senão vejamos: os canais mainstream não estão preparados para receber este produto (onde se coloca numa Bertrand ou num Continente?); os próprios serviços fornecidos pelos livreiros ainda não permitem consultar ou experimentar os audiolivros; poucos conhecem do que se trata e, se nada for feito para os divulgarem convenientemente (algo que só progressivamente tem vindo a acontecer), ninguém saberá exactamente qual é o público-alvo (cegos?, pessoas idosas?, crianças em idade não escolar?, público em geral?), como se utiliza, para que serve e quais as vantagens face ao livro.

Para muitos de nós nem existe a dúvida: nunca ouviram falar, nem sabem do que se trata.
Ou seja, estamos muito longe das perguntas essenciais do mercado: qual é o preço, onde é que se pode comprar, o que é que existe no mercado?

No caso dos bens de experiência, o facto de ser inovador também não ajuda, pois trata-se do «não testado», de pedir ao consumidor que corra o risco de não gostar.
Nesses casos, mandam as regras que o melhor seria disponibilizar produtos vários e de baixo risco (uma escolha alargada de audiolivros de obras conhecidas e já apreciadas) mas os players do mercado são poucos e com pouca capacidade de investimento e, consequentemente, os títulos disponíveis são parcos e não possibilitam essa estratégia.

E, se a oferta é reduzida, a valorização também o é (o produto não está muito desenvolvido em termos de materiais de apoio, expositores, formatos, qualidade e diversidade das características físicas do produto, acabamentos, etc.).

Neste casos, para passarmos a gostar é preciso experimentar. Por isso, digam-nos lá, vocês já experimentaram?

P.S. - este post refere-se essencialmente ao mercado português e tem como objectivo referir que é necessário investir mais neste produto, de forma a que o mesmo se torne numa realidade.
(nsl)