«No momento em que se fala da concentração de editoras, de grupos económicos, de fusões e aquisições, a Guimarães aparece como um fenómeno totalmente diferente e independente...
Independente e contra a corrente. Todos os processos que ocorreram agora foram no sentido da consolidação, o que não foi o nosso caminho. Não estamos a pensar consolidar com nada, nem estamos a trabalhar numa lógica de investir para mais tarde alienar. É pelo contrário, a afirmação de uma editora independente, com um critério independente, que se posiciona num nicho de mercado. Ampliando o espectro das áreas em que vai passar a editar, a Guimarães continuará a ter um mercado reduzido, o que é compensado porque se vai posicionar num segmento alto...
O que significa que acredita que a concentração vai favorecer o aparecimento desses segmentos de mercado, ou «nichos de mercado», que até podem alargar-se...
Espero bem que sim, porque a natureza tem horror ao vazio e o mercado também. Mas o que se passou no meio editorial, a quantidade de alterações e de rearrumações no mercado, é totalmente estranho à minha decisão de entrar na Guimarães. Tivesse existido, ou não, um processo de consolidação das editoras, a minha decisão seria esta. »
Ler, nº69, Maio 2008, p.47. Entrevista conduzida por Francisco José Viegas a Paulo Teixeira Pinto.
domingo, 11 de maio de 2008
Guimarães Editores e as fusões e aquisições, por Paulo Teixeira Pinto
Postado por Booktailors - Consultores Editoriais às 10:20
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