Isabel Coutinho assina um artigo no Público dedicado à Feira do Livro, na página 25. Além de um rigoroso descritivo das primeiras horas da Feira, Isabel Coutinho fala de algumas iniciativas de marketing e comunicação editorial que encontrou, havendo espaço para o relato de um divertido episódio entre Francisco José Viegas e José Luis Peixoto:
«O escritor José Luís Peixoto com os seus piercings e tatuagens estava ontem sentado debaixo de um guardasol na Feira do Livro de Lisboa. À sua frente uma fi la de pessoas aguardava para ter a sua assinatura num livro. De repente, aproxima-se um outro escritor, Francisco José Viegas, e brinca com ele: “Desculpe, vende merchandising? Eu não queria comprar o livro, eu só queria comprar piercings!”
Todos os leitores na fi la se riram. José Luís Peixoto também. É isto que faz a Feira do Livro de Lisboa um lugar
especial. Os produtos associados ao livro ainda não são comuns entre os editores portugueses mas nesta feira há inovações. Na Alêtheia, de Zita Seabra, é possível comprar por 25 euros um saco para livros feito com papel reciclado de cartazes de publicidade aos livros dos seus autores. Na Oficina do Livro quando se compra um livro recebemos um vale para um pacote de pipocas. Na Presença há um sistema de pontos em que um euro vale um ponto, e depois os pontos valem raspadinhas e as raspadinhas dão prémios. O prémio mais valioso é um computador portátil. Na Bertrand na compra de três livros oferecem o mais barato. E na Plátano quando se faz uma compra superior a 25 euros, dão um vale de cinco.»