Bárbara Bulhosa (BB) e Inês Hugon (IH), os rostos da Tinta-da-China, respondem às perguntas de João Morales na Os Meus Livros de Março de 2008, nº 61, pp 55-56.
«Um dos pontos fundamentais da vossa aposta editorial é o grafismo. Em que vectores aposta essa linha gráfica?
BB – Não é apenas o grafismo, é também a escolha dos materiais .
(...)
IH - Por princípio tentamos fugir à utilização de fotografias, como a maior parte das editoras
(...)
BB - Os nossos livros são todos muito coloridos, apostamos nos contrastes e numa conjugação de cores diferentes.
(…)
Como comenta os recentes movimentos de concentração editorial?
Para nós é completamente indiferente, somos uma pequena editora, totalmente independente, estamos a desbravar o nosso caminho, paulatinamente, não temos qualquer tipo de problema no que respeita à exposição nas livrarias, ou mesmo na comunicação social. E acho que isso se deve à forma como nós trabalhamos os nossos livros. Penso que vai haver algumas mexidas, alguns autores podem começara ser mais maltratados…Todos tememos que a lógica dos grandes grupos seja mais economicista, pretenda resultados mais rápidos. Mas ainda é cedo para falar.
(...)
O negócio dos livros é hoje igual a todos os outros?
BB- Eu espero que não, mas acho que sim. Ou seja, há alguns projectos à parte mas não são os mais significativos. Neste momento, o negócio dos livros é tratado como todos os outros.
IH – Todos os negócios têm as suas particularidades. Do ponto de vista da lógica do mercado é óbvio que a tendência é para que se pense no livro como outro produto qualquer, até porque os proprietários das livrarias tendem a ser pessoas que não têm grande apreço pelos livros.
BB – Como é óbvio há excepções, mas grandes redes querem lá saber se estão a vender livros ou mp3.»
segunda-feira, 10 de março de 2008
Tinta-da-China – entrevista na Os meus livros
Postado por Booktailors - Consultores Editoriais às 17:26
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