Hoje, no JN, um artigo sobre a criação de uma série de filmes, estreados em Portugal este ano, que têm por base... livros. Alguns excertos:
«Ao todo, durante o primeiro trimestre, foram exibidas, nas salas portuguesas, 20 longas-metragens adaptadas de livros.
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Francisco José Viegas, director da revista "Ler", não considera que esta situação seja oportunista, pois "revela, antes de mais, que o romance não morreu e que a arte de contar histórias está ligada à vida da literatura. Há uma intensidade de certos romances, tão absorventes e inquietantes, que pode passar para o cinema".
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Os resultados de bilheteira da maioria dos filmes adaptados de livros e estreados este ano não evidenciam uma adesão empolgante do público. Até pode ser que muitos espectadores procurem a obra original, o que leva Francisco José Viegas a afirmar que os livros ganham sempre com esta situação, mesmo quando o cinema é "perverso porque passa sobre os livros como sobre um campo deserto".
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Nuno Artur Silva admite um empate vantajoso para as duas artes. "Pode ser 'win-win'. Raramente é perde-perde". E o leitor ou espectador? "São sempre duas experiências, o que faz lembrar a anedota das duas cabras a comerem um bocado de película de cinema numa lixeira. Uma pergunta Que tal? E a outra responde: Gosto. Mas gostei mais do livro".»
Sobre este assunto ver também aqui este artigo de Sérgio Almeida.