segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

valter hugo mãe na pele de editor

valter hugo mãe colocou no seu blog, casa de osso, uma entrevista que deu ao Jornal de Notícias, na qual fala da sua experiência de editor. Excertos:

Em 1999 aceitou o desafio de jorge reis-sá para integrar a quasi edições, por lhe parecer uma ideia “doida”. Tem predilecção pelo que não é lúcido?
Não. Não bebo álcool, não fumo, não uso drogas. Sou um homem muito lúcido e assim me preservo. Por isso, talvez, me fascine por quem me proponha algo que, à primeira vista, parece fora do meu alcance. Gosto de ser desafiado, se houver no desafio um sonho honesto. O sonho do Jorge [Reis-Sá] era muito real.

O “casamento” acabou em 2004, tendo saído em conflito com Reis-Sá a quem dedicou um poema chamado “no funeral do reis-sá”. Vinga-se sempre de quem o desilude?
Quem lhe disse que saí em conflito com o Jorge? Saí, e escrevi uma carta linda que mandei a muitas dezenas de pessoas, incluindo jornalistas, dizendo o quanto a quasi havia sido importante para mim e que chegara o momento de pensar em outras coisas. «o funeral do jorge reis-sá» é um poema de saudade, nunca de desprezo. E hoje continuo amigo dele, talvez mais do que ele próprio imagina.

As editoras não parecem ser o seu lado mais bem sucedido. A “objecto cardíaco” morreu de enfarte?
As quasi edições foram mesmo criadas por mim e pelo Jorge enquanto projecto profissional. durante os primeiros 4 anos decidi – com ele, claro – linhas fundamentais para o sucesso daquela marca. Muitos dos seus autores de sucesso foram escolhidos e «trabalhados» por mim. Dizer que não tive sucesso como editor é pura maldade. A objecto cardíaco morreu atropelada no trânsito. Sabe como são as estradas de portugal.