valter hugo mãe colocou no seu blog, casa de osso, uma entrevista que deu ao Jornal de Notícias, na qual fala da sua experiência de editor. Excertos:
Em 1999 aceitou o desafio de jorge reis-sá para integrar a quasi edições, por lhe parecer uma ideia “doida”. Tem predilecção pelo que não é lúcido?
Não. Não bebo álcool, não fumo, não uso drogas. Sou um homem muito lúcido e assim me preservo. Por isso, talvez, me fascine por quem me proponha algo que, à primeira vista, parece fora do meu alcance. Gosto de ser desafiado, se houver no desafio um sonho honesto. O sonho do Jorge [Reis-Sá] era muito real.
O “casamento” acabou em 2004, tendo saído em conflito com Reis-Sá a quem dedicou um poema chamado “no funeral do reis-sá”. Vinga-se sempre de quem o desilude?
Quem lhe disse que saí em conflito com o Jorge? Saí, e escrevi uma carta linda que mandei a muitas dezenas de pessoas, incluindo jornalistas, dizendo o quanto a quasi havia sido importante para mim e que chegara o momento de pensar em outras coisas. «o funeral do jorge reis-sá» é um poema de saudade, nunca de desprezo. E hoje continuo amigo dele, talvez mais do que ele próprio imagina.
As editoras não parecem ser o seu lado mais bem sucedido. A “objecto cardíaco” morreu de enfarte?
As quasi edições foram mesmo criadas por mim e pelo Jorge enquanto projecto profissional. durante os primeiros 4 anos decidi – com ele, claro – linhas fundamentais para o sucesso daquela marca. Muitos dos seus autores de sucesso foram escolhidos e «trabalhados» por mim. Dizer que não tive sucesso como editor é pura maldade. A objecto cardíaco morreu atropelada no trânsito. Sabe como são as estradas de portugal.