sábado, 23 de fevereiro de 2008

Nélson de Matos

Hoje, no DN, um artigo de José Mário Silva e Leonardo Negrão sobre Nélson de Matos e a sua nova aventura - a Edições Nélson de Matos. Alguns excertos:

«"Esta é uma editora com rosto e assinatura. Representa os meus critérios, os meus gostos, a minha estética. Não vou encher um catálogo por encher. Quero dar-lhe um sentido e uma ética", diz Nelson de Matos, na sala espaçosa de um apartamento virado para a Alameda Afonso Henriques, em Lisboa.»

«Estou reformado, recebo uma pensão que me dá para viver, acumulei umas economias. Isso permite- -me ser editor freelancer. Ou seja, dispor do tempo como quero, sem necessidade de publicar livros a correr, com o fito de que sejam rentáveis, só porque é preciso pagar salários."

Fazendo jus ao nome da editora, o único funcionário de Nelson de Matos é Nelson de Matos. Cabe-lhe fazer quase tudo, da escolha dos corpos de letra aos tipos de papel, passando pela negociação dos preços com as gráficas. E para aquilo que não faz - paginação, revisão, armazenagem ou distribuição - recorre ao outsourcing.

(...)

Feliz por lembrar o autor de Alexandra Alpha dez anos após a sua morte, algo que a editora da sua obra (Dom Quixote) não está a fazer, Nelson de Matos resume: "Está lá tudo, escrito com aquela simplicidade que dava uma enorme trabalheira."»