Luiz Pacheco faleceu ontem. Deu entrada já sem vida no Hospital do Montijo, tendo o óbito sido registado às 22h17. Fotografia de José Francisco Vilhena.
Desenvolvimentos no Público I , Público II, Diário Digital, Correio da Manhã, Lusa, TSF, Jornal de Notícias, TVI, Rádio Renascença, Portugal Diário, RTP.
Multiplicam-se as reacções:
- João Pedro George: «amigo pessoal (...) um «tipo humano singular e irrepetível» e não «um exemplar em série como acontece normalmente».
- Vitor Aguiar e Silva: «...o seu espírito de irreverência, a liberdade crítica, a capacidade de destruir corrosivamente as convenções, quase sempre mortas já (...) um espírito que, naquela atmosfera passiva, adormecida, dos anos 50, 60 e ainda 70, trouxe, por vezes com excessos de linguagem, uma lufada de ar novo. Era dos espíritos mais irreverentes deste país»
- Manuel Gusmão: «Tudo o que fez foi marcado, entretanto, por um riso mesmo tempo satírico, irónico e auto-irónico»
- Vitor Silva Tavares: «desdobrou-se na personagem que ele próprio criou, a personagem de vadio e pedinte, de libertino, de libertário, de iconoclasta».
- José Mário Silva: «Quando a morte o procurou, ontem à noite, num lar da terceira idade no Montijo, das duas uma: ou lhe fez um manguito dos antigos e riu na cara dela como um alarve, ou deixou-se ir com a mansidão dos resignados mas ainda a mirar-lhe as pernas e a magicar um piropo»
- Francisco José Viegas: «...leitor minucioso e cruel, voz incómoda, Pacheco viveu miseravelmente a maior parte da sua vida. Não o lamentemos por isso; viveu como quis, sem hipotecar-se. Viveu em liberdade»
- Rui Zink.«Ele é - equiparou - o nosso Jorge Luís Borges, porque, não tendo nada a ver, à partida, com o escritor argentino, escrevendo também sempre textos curtos, escrevendo prosa normalmente com não mais de cinco páginas, dez páginas, marcou as nossas letras».
A não perder este vídeo, via Atlântico.
PS: Este post será actualizado à medida que se forem registando mais reacções.