terça-feira, 9 de outubro de 2007

O que se faz em Frankfurt?

Recordo-me, há cinco ou seis anos atrás, de uma conversa tida com um editor da nossa praça onde lhe perguntava o que iria fazer a Frankfurt (dado que no ano anterior tinha de lá trazido somente uns fait-divers sem interesse e umas conversas de circunstância)?

Respondeu-me: despesas, preciso de despesas.

Frankfurt é um mundo para quem lá vai, o que significa que de lá se pode trazer tudo ou nada.
São quase 300 000 pessoas de 110 países, 7 300 expositores dispersos por seis pavilhões de dimensões inimagináveis, mais de 2 500 eventos para editores e editors, agentes, autores, bibliotecários, scouts, livreiros, jornalistas e muitos, muitos mais.
De livros escolares a calendários, CD-ROM's, direitos para filmes ou desdobramentos digitais, podemos encontrar de tudo.

Para muitos editores, é um corre-corre constante para conversar com os nomes que habitualmente reconhece dos e-mails, antigos conhecidos e amigos, bisbilhotices, cumprimentos, almoços e jantares.
Negócios? Para muitos não, talvez uma forma de estar presente entre os seus, mostrar que continua a trabalhar com afinco e inspirar um pouco os ares do mercado futuro.

Para quem quer trabalhar, é necessário persistência, mapas, horários apertados e a certeza de que não se está para passear.
Vai-se onde se sabe, procurar o que se planeou, evitar perder-se entre tantas caras, corropios, luzes e interesses.
Há quem vá a Frankfurt, e há quem vá à Frankfurt Buchmesse.