Quando avaliamos originais para publicação temos de ter em conta algumas regras e premissas básicas que se aplicam em todas as situações:
Primeira regra: apesar de serem vocês a avaliar, não estão a ler o livro para vocês.
Segunda regra: avaliar não é só pensar no livro enquanto o manuscrito que está à nossa frente. O que estamos a avaliar é produto que dali poderá sair para o mercado.
Estas regras são difíceis de cumprir, em especial a primeira, pois a paixão pessoal (mais do que o desprezo pessoal) acabam por influenciar bastante a perspectiva com que abordamos cada um dos livros e por mais profissionais que sejamos é inevitável puxar «a brasa ao livro que gostamos». Isso é um erro. Avaliar tendo em conta opiniões pessoais, preconceitos, ideias feitas, noções de certo e errado ou conhecimento pessoal das pessoas é sempre o melhor caminho para o fracasso numa avaliação.
A avaliação de uma obra é um instrumento de tomada de decisão, comporta investimentos financeiros na aposta de produção de determinado livro, por isso não pode ser um acto aleatório e assente em opiniões.