sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago (1922-2010) [em constante actualização]

«José Saramago morreu hoje, aos 87 anos. Para lá de debates e polémicas, e até para lá do Nobel, o único que a literatura portuguesa recebeu, fica uma obra extensa e essencial, o mais precioso dos testamentos, a matéria a que haveremos de regressar independentemente do ruído e da passagem do tempo.» Ler no Cadeirão Voltaire.

«Hoje o dia ficou cinzento para a literatura.

José Saramago, notável escritor português, faleceu na sua casa em Lanzarote, aos 87 anos. A BABEL apresenta as condolências a toda a sua família.» Ler na Babel.

«José Saramago morreu hoje em Lanzarote, onde residia. Tinha 87 anos. Oriundo do proletariado, conseguiu impor a obra à revelia da tutela universitária. Antes de chegar à literatura exerceu diversas profissões, entre elas as de serralheiro mecânico e jornalista. Foi direcor-adjunto do Diário de Notícias durante o PREC. Publicou o primeiro romance em 1947, Terra do Pecado, e o segundo em 1977, Manual de Pintura e Caligrafia. Depois desses escreveu mais dezassete, sendo Caim (2009) o último em data. Além de romances, publicou contos, poesia, crónicas, teatro e um diário. A partir de 1980, com Levantado do Chão, tornou-se um autor best-seller. A consagração chegou com Memorial de Convento (1982), embora Harold Bloom só tivesse dado por ele com O Evangelho segundo Jesus Cristo (1992), obra que considera equivalente ao melhor de Joyce, Proust e Kafka. Saramago casou três vezes, a última das quais com Pilar Del Rio, uma antiga freira. Recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1998 (...). Uma Fundação com o seu nome ocupa a Casa dos Bicos, em Lisboa.» Ler no Da Literatura.

«"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria é só um dia mais."

José Saramago» Ler na Pó dos Livros.

«Morreu José Saramago. Um minuto de silêncio, por favor.» Ler no blogue da Booksmile.

«Romancista, poeta e dramaturgo, autodidacta, José Saramago, segundo consta na sua biografia, apenas concluiu estudos secundários, dadas as dificuldades económicas familiares. Foi jornalista e militante do partido comunista, tendo sido também serralheiro e tradutor. Quer se goste ou não da sua obra, foi o único português a receber o prémio Nobel da Literatura. Morreu hoje, em Lanzarote, aos 87 anos.» Ler no hoje há conquilhas, amanhã não sabemos.

«Os especialistas e a história dirão tudo o que há a dizer. Exaustivamente. Neste momento, um poema do seu livro Os Poemas Possíveis é a nossa homenagem a José Saramago: “No coração da mina mais secreta,/ No interior do fruto mais distante,/ Na vibração da nota mais discreta,/ No búzio mais convolto e ressoante, / Na camada mais densa da pintura,/ Na veia que no corpo mais nos sonde, / Na palavra que diga mais brandura, / Na raiz que mais desce, mais esconde,// No silêncio mais fundo desta pausa, / Em que a vida se fez perenidade,/ Procuro a tua mão, decifro a causa/ De querer e não crer, final, intimidade”.» Ler no PNETLiteratura.

«(...)Em nós fica a "memória das suas palavras e do espírito de grande escritor e humanista"... Fica, também, a memória e a sua visita à Casa dos Livros, em Oeiras, numa qualquer noite inesquecível do Café com Letras...

Até Sempre Saramago!» Ler no Oeiras a Ler.

«Acabei de saber que José Saramago morreu hoje, na sua casa de Lanzarote, aos 87 anos. Como não vou poder actualizar o blogue nas próximas horas, justamente por causa desta infeliz notícia, assinalo para já o meu desgosto e a minha tristeza pela perda de um grande, de um imenso escritor.» Ler no Bibliotecário de Babel.

«Disseram há pouco, nas notícias, que já não estás “entre nós”. Pareceu-me um disparate tremendo. Talvez o teu corpo velho e doente tenha sucumbido, deixado de funcionar, mas tu estás onde sempre estiveste: naquela fileira de lombadas amarelas da prateleira mais próxima do lugar que tomo ao jantar. Estás sempre ali, quieto e vigilante, pronto a ser revisitado, como um amigo, ou redescoberto como um sítio feliz aonde não vamos há algum tempo. Até já.» Ler no Teatro Anatómico.

«Fiquei a saber pelo Facebook que morreu José Saramago. A confirmar-se a notícia, perdeu-se o que de melhor existe na literatura em língua portuguesa. Que descanse em paz.» Ler n'O Insurgente.

«Na morte de um grande escritor, sabendo que a obra ficará, lembram-se daquilo que nada tem que ver com a literatura: política. A mim nada me interessa a “controversa figura pública”, essa indigente invenção do poder mediático que transforma artistas em imagens vazias que servem para o povo amar ou odiar. Aceito que Saramago vezes de mais se tenha entregue a esse limitado papel de ressentido da corte, mas esta verdade apenas confirma a ideia de que a personalidade do artista devia ser a última coisa a permanecer na memória.» Ler no Arrastão.

«Acabo de ver o escritor José Saramago morto. Quando a notícia apareceu na Internet, liguei pelo skype para Pilar, que sem que eu pedisse me mostrou José deitado na cama, morto. Tenho falado com Pilar quase todos os dias. Sabia que não havia chance de recuperação, o destino de José já estava traçado, os médicos não acreditavam mais na possibilidade de um novo milagre, como o do ano passado, quando venceu, contra todas as expectativas, os problemas pulmonares que o acometiam.» Ler no Blog da Companhia.

«José Saramago esteve uma vez na Culsete, em 7 de Dezembro de 1991, para falar sobre O Evangelho Segundo Jesus Cristo. Dessa visita, de que não temos fotos - pois Saramago, que vinha do Alentejo, atrasou-se, o que levou o fotógrafo contratado a desistir, uma vez que tinha de ir fotografar um baptizado (evento que lhe daria muito mais trabalho e, portanto, dinheiro) - releio agora o pequeno apontamento que deixou no Livro de Honra da livraria:
"Numa tarde de chuva e de amizade, conversando sobre o Evangelho, esta lembrança grata e afectuosa do José Saramago"». Ler no Chapéu e Bengala.

«Vi-o duas vezes, mas cheguei a viver a vida dele, mais do que gostaria, sempre num estado de excepção. Trai-o, tantas vezes! E ele a mim. Nunca soubemos bem da vida um do outro (e ele nem sempre me fazia bem), porque ele era isso: um estado de excepção, a subverter regras, imposições, valores. E isso incomodava-me. Mexia comigo. E nós não gostamos que mexam connosco.» Ler no Blog da Flip.