segunda-feira, 31 de maio de 2010

Resposta de LeYa a Diário de Notícias

No seguimento desta notícia publicada pelo Diário de Notícias, na qual se referia que alguns manuais escolares do Grupo LeYa teriam recebido críticas por parte de alguns docentes, Carmo Correia (directora coordenadora Edições escolares) responde ao diário. Reproduzimos aqui essa mesma carta.

«Senhor Director,

O Diário de Notícias, que superiormente dirige, publicou hoje, dia 28 de Maio, um artigo intitulado "Professores criticam manuais", onde se "denuncia" a Editora LeYa, que é "acusada de lançar livros sem qualidade com base em sugestões dispersas dos docentes". Sobre esse artigo, permita-me dizer-lhe o seguinte:

1. O artigo refere-se a quatro manuais escolares da editora Sebenta, uma das editoras que integra a LeYa.

2. As edições da Sebenta caracterizam-se, desde sempre, por grande qualidade e rigor científico, de que são responsáveis autores com larga experiência no ensino, na formação de professores e na publicação de edições escolares e paraescolares.

3. Os manuais criticados pela jornalista integram um projecto pioneiro e inovador, que tem recolhido enorme adesão por parte dos professores, como é público e notório. Basta dizer que, na elaboração desses manuais, colaboraram com entusiasmo e competência cerca de 2 000 (dois mil!) professores, pertencentes a centenas de escolas do país.

4. Contra esses dois mil professores, contra os autores dos manuais, contra os seus revisores científicos e contra os seus certificadores oficiais, recolheu a jornalista a opinião de três pessoas: Paulo Guinote, cuja qualidade de autor da Porto Editora – a mais directa concorrente da Leya no mercado das edições escolares – a jornalista não achou necessário referir; Raquel Pereira Henriques, da Associação de Professores de História (matéria a que parcialmente respeita um dos quatro manuais em apreço); e Albino Almeida, da Confederação Nacional de Associações de Pais, sempre disponível para criticar a LeYa.

5. Paulo Guinote critica os manuais porque os professores que neles colaboraram não foram remunerados; Raquel Pereira Henriques porque entendeu que as questões colocadas no site sobre o manual e a disciplina «não eram muito complexas» e, sobretudo, porque foi pedido aos professores que respondessem de "forma sucinta e com número limitado de caracteres"; e Albino Almeida por não acreditar que "isto (sic) sirva para alguma coisa".

6. Salvo o devido respeito, não parece que a ausência de remuneração, o número limitado de caracteres (aliás, uma não verdade) e as dúvidas de fé de um dirigente associativo consintam as bombásticas conclusões tiradas pela jornalista do DN.

7. Parece evidente que estas três opiniões não permitem pôr em causa a qualidade e o rigor do trabalho de tanta gente, tão competente e tão dedicada, como a que participou, com entusiasmo e generosidade, na elaboração destes manuais.

8. No entanto, o artigo publicado põe em causa, em nosso entender, de forma leviana, manuais que foram sujeitos a certificação por parte do Ministério da Educação, e a avaliação científica e pedagógica por parte das Escolas Superiores de Educação de Viseu e de Setúbal, entidades que devem merecer tanto respeito e consideração quando aprovam os manuais escolares da LeYa como quando o fazem com os manuais de outras editoras concorrentes.

9. O director de marketing escolar da LeYa, quando contactado pela jornalista, nunca foi confrontado com as críticas – da jornalista ou das suas fontes – sobre a falta de qualidade dos manuais.

Permita, Senhor Director, uma última nota: este artigo foi publicado nas vésperas da escolha dos manuais que as escolas vão adoptar para o ano lectivo 2010/2011. O teor deste artigo, o seu título, a sua paginação – tudo contribui para prejudicar, num momento decisivo, o trabalho sério, competente, rigoroso que as editoras da LeYa realizaram. E, prejudicando a LeYa, beneficiam evidentemente as editoras que com ela concorrem, a cujos colaboradores foi dada a oportunidade de criticar o trabalho da LeYa, sem que a LeYa deles se pudesse defender.

Com os melhores cumprimentos,
Carmo Correia
Directora-Coordenadora de Edições Escolares»