quinta-feira, 5 de março de 2009

Um livro, duas capas e os enganos do cérebro

A Lua de Papel irá publicar Proust Era um Neurocientista, que sairá para as bancas com duas capas distintas. O press da editora ajuda a perceber esta opção:

«O cérebro é por natureza imperfeito, e são as suas imperfeições que nos permitem apreender a realidade. Jonah Lehrer explora os enganos da mente em vários capítulos de Proust Era um Neurocientista, e muito especialmente em Paul Cézanne: O Processo da Visão.

Para reforçar a ligação entre a apresentação gráfica da obra e o seu conteúdo editorial, a Lua de Papel publicou a obra de Jonah Lehrer com duas capas diferentes. Ambas evocam, de forma subtilmente figurativa, os contornos das circunvoluções cerebrais; mas as duas diferem na paleta cromática escolhida para o fundo e lettering – diferenças essas que, apesar de radicais, dificilmente são perceptíveis para o leitor, provando a tese do autor, e os princípios defendidos por Cézanne: “A crua realidade é que a visão é como a arte. O que vemos não é real. Foi regulado para se moldar à nossa tela, que é o cérebro.”»