terça-feira, 27 de maio de 2008

Nélson de Matos, por Nélson de Matos

«As pequenas editoras, como a que acaba de criar, voltadas para um nicho de mercado, poderão estar em risco, ou são a solução para quem quer continuar dentro do mercado do livro?
As pequenas editoras resistirão com maior facilidade, se geridas com cuidado e disciplina, porque evidentemente não terão que enfrentar os mesmos problemas que as grandes. Serão mais adaptáveis às crises e às oscilações do mercado.

(...)

Como interpreta a reacção inicial de desagrado adoptada por autores como Lobo Antunes ou Lídia Jorge?
É uma reacção normal e aceitável. Não creio que eles estivessem a reagir ao processo de concentração em si, mas às formas negativas que ele pode assumir e aos efeitos que essas formas negativas poderão ter sobre o trabalho e os interesses dos autores. Por outro lado, não sei se a posição destes dois escritores pode ser encerrada dentro de um mesmo saco... A concentração, em si, não é negativa, repito. Negativos poderão ser os efeitos de algumas das formas distorcidas que ela pode assumir.»

Nélson de Matos publicou, no Textos de Contracapa, uma colectânea de entrevistas suas a diversos meios. Para ler tudo aqui.