quinta-feira, 15 de maio de 2008

Feira do livro: comentário de um leitor do Público

No Público, na área de comentários às notícias veiculadas por este jornal, encontramos diversas reacções. Entre elas a do leitor denominado NM (Nélson de Matos???), que aqui reproduzimos: «Num dos seus últimos textos, Eduardo Prado Coelho alertou para os perigos da concentração editorial que se preparava em Portugal. A afirmação, enigmática, passou quase despercebida. As editoras em redor dos grupos espanhóis e de Paes do Amaral comportam-se como donas da edição portuguesa, querendo impôr estratégias que só as beneficiam a elas por causa do peso económico que de facto detêm. António Costa, mostrando uma noção de cultura digna de um Santana Lopes nos seus tempos chopinescos (ou de Machado de Assis ou Alface), acha que só Lídia Jorge, Lobo Antunes ou Saramago é que podem merecer atribuição de interesse público. Há gente que está nos livros por interesse e amor aos negócios (Paes do Amaral, por exemplo) e que mal possa venderá as editoras. Para já exclui dos catálogos tudo o que não achar vendável, com óbvio prejuízo - um Orlando Costa, poeta e pai de António Costa nunca poderia ser editado por estas gentes. Nada contra, mas depois de ir embora, serão os outros que manterão o meio à tona e não ele. Será gente, como, por exemplo Teixeira Pinto que já leu muitos livros e comprou a Guimarães por amor aos livros e não aos negócios»