terça-feira, 13 de maio de 2008

Ah! Afinal é daqui.


Alguma vez ficaram a pensar porque é que Michel Houellebecq escreve livros tão estranhos, marcados pelas relações estranhas e as disfuncionalidades?

Eis a resposta, freudiana quanto sói.
Numa recente entrevista, Lucie Ceccaldi - a mãe de Michel Houellebecq, ela mesma já retratada nos seus livros como uma hippie obcecada por sexo - responde às acusações literárias do filho, que afirma que ela o terá abandonado num sótão, entre excrementos, para gozar uma vida de liberdade total por terras africanas.

Segundo ela (sim, a história já é retorcida o suficiente), o filho é «um cabrãozinho estúpido e mau, um impostor, um parasita, um mentiroso e, acima de tudo, um arrivista capaz de fazer tudo e mais alguma coisa para alcançar a fama e o dinheiro».

Para além disso, a amorosa mãe ameaça o filho, dizendo que se ele se atreve a usar novamente o seu nome ela pegará na sua bengala (tem 86 anos...) e parte-lhe os dentes.

Lucie explica que nunca o abandonou e que esteve sempre com Michel, até à altura (já quase adulto) em que ele resolve ir-se embora e inventar essa história.

Segundo ela, via o filho todos os anos (!), quando visitava a sogra.

Diz ainda que todas as cartas que posteriormente lhe enviava eram mandadas para o lixo, excepto aquelas que traziam consigo um cheque, que Michel sempre pedia.

Telenovelas de lado, dá para entender a origem da loucura, não dá?
(nsl)

---
Relembramos que se encontram abertas as inscrições para o Curso de Direitos de Autor, conduzido por Miguel Valverde. Mais informações aqui.