terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Porto Editora

Aquando da nossa participação no Programa Escrita em dia, de Francisco José Viegas, dissemo-lo; aquando do artigo do JL, o Nuno disse-o e a jornalista escreveu-o. Agora é a Porto Editora que o vem dizer: que está compradora e quer reforçar a liderança.

Desde o início deste processo que advogámos que a Porto Editora decerto reagiria tentando crescer por aquisição (já que de forma orgânica levaria demasiado tempo, face à urgência das matérias). Algumas pessoas reagiram a essa nossa posição, dizendo que estávamos a subestimar o Grupo Porto Editora. Bem pelo contrário: quem nos conhece, sabe bem o quanto respeitamos e o que pensamos do Grupo Porto Editora. Na verdade, era exactamente por termos noção da grande capacidade de visão do Grupo que advogávamos essa tese.

Resta-nos agora congratularmo-nos pela posição de Vasco Teixeira, que vem contestar pessoalmente a posição de imobilismo e posicionar-se na ofensiva, dizendo-se na corrida para comprar algumas editoras (não escolares) em Portugal, incluindo a Gradiva (cujas consecutivas negociações com outros grupos tem fracassado) e a Pergaminho (que tem sido alvo da cobiça dos seus três rivais - LeYa, Explorer, Direct Group - e onde o último referido parece ter alguma vantagem).

Estamos a analisar alguns negócios, mas, por diversas razões, ainda não os concretizámos. No entanto, tudo pode acontecer",». diz Vasco Teixeira hoje ao JN.

Assinalamos ainda as palavras finais de Vasco Teixeira nesta reportagem: "Nenhum dos grupos está no mercado editorial numa perspectiva a longo prazo. Até por isso, temos responsabilidades acrescidas", o que, interpretamos nós, quer dizer: daqui a dez anos a LeYa vai deixar de andar por cá. E nós ainda estaremos por aqui. Para ficar.