segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Tão dura é a capa

A editora anglo-saxónica Picador anunciou que está farta de capas duras.

Segundo o seu responsável, Andrew Kidd, a Inglaterra não é um mercado de hardbacks como o alemão e o norte-americano e, de ano para ano, os editores perdem dinheiro a produzir e promover as versões em capa dura dos seus principais autores.
Simultaneamente, Kidd refere que nos últimos anos as editoras têm baixado na qualidade dos seus livros em capa dura, tentando reduzir nos custos de produção para perderem menos dinheiro e que, actualmente, o leitor já não compra um hardback digno desse nome.

Por isso, diz Kidd, a Picador vai passar a publicar quase exclusivamente em paperback de formato B (o mais habitual em Portugal, conhecido também como 13,5 * 21,5), e conhecido nos EUA como trade paperback.

Já agora, e para quem se interessa por estas questões, o mass-trade paperback é o de classe A, de tamanho mais reduzido (17,5 * 11) e usado também regularmente para livros de bolso – sim, existe uma diferença em termos de prática comercial entre os dois –, enquanto o de classe C é o habitual de capa dura (22,2 * 14,3). Para cima disso temos ainda os vários formatos álbum.
Esses são os formatos standard, o que não significa absolutamente nada, pois todos os dias os editores optam por formatos ligeiramente diferentes, em obras de design ou por insensatez no aproveitamento do papel (cujas medidas daria mais um parágrafo, por isso escusamo-nos).